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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Origem do ódio e do preconceito religioso


Todos nós nascemos sem religião e rara é a criança que abraça um credo de maneira espontânea, sem o concurso de adultos.  Não fossem nossos pais a enfiarem em nossas cabeças os deuses e os "profetas" que nossos avós enfiaram na cabeça deles, muito provavelmente permaneceríamos ateus para o resto de nossas vidas. É  o que ocorre com a maioria das crianças norueguesas, estonianas, checas, finlandesas, dinamarquesas, e holandesas, entre outras. Elas não têm religião porque os pais e os professsores nas escolas não ensinam religião a elas, e  assim permanecerão até morrerem, ao contrário das crianças muçulmanas e hindús. 
O cérebro vazio de uma criança é como um caderno cheio de folhas em branco, no qual os pais e outros adultos encarregados de educá-la escrevem aquilo que julgam ser bom, necessário,  e correto para ela, em matéria de religião, moral, e costumes.  Eles fazem com a mente dos pequenos o mesmo que o escultor faz com um bloco de argamassa:  dá a ele a forma desejada enquanto ainda está fresco, úmido e mole. Quando o cimento seca e vira concreto é quase impossível dar-lhe outra aparência, sem cobri-lo com outro material aderente (sincretismo religioso) ou causar-lhe sérias avarias.
Nossos pais são nossos primeiros educadores e também nossos primeiros "professores de religião".  Aceitamos sem resistência seus erros e as divindades que eles nos impõem porque, quando crianças, temos total confiança no que eles dizem e achamos que são incapazes de nos enganar, pois, afinal, são eles que nos prestam todo o tipo de cuidado; são eles que nos envolvem nos braços, nos beijam, nos abraçam, nos vestem, nos protegem, nos aquecem, e nos alimentam.  Como sacerdotes rudimentares do lar, são eles os primeiros a plantar  nos cérebros inocentes dos filhos as mudas daninhas da superstição e do ódio religioso, que mais tarde se transformarão em ervas malignas indestrutíveis.  São eles que inoculam nas mentes sadias das crianças os primeiros bacilos do preconceito e da intolerância, que  elas carregarão para o resto de suas vidas. São eles que as ensinam a adorar animais, a curvarem-se perante objetos sem vida, ou a odiar e perseguir quem assim procede.  São eles que as ensinam  a orar para deuses surdo-mudos, a implorar favores a seres imaginários, a crer na existência de bons e maus espíritos, a bajular avatares inúteis, a conversar com divindades de madeira e pedra,  a aceitar como verdade o que selvagens escreveram na Idade do Bronze, e a crer na palavra dos mesmos sacerdotes que enganaram e exploraram seus avós. 
É no lar que as crianças aprendem a odiar aqueles que não pensam como seus pais e como elas mesmas pensarão no futuro. Ouçam, diz o pai muçulmano aos filhos,  em nome de Alá devemos destruir aqueles malditos hindús infiéis, que adoram vacas e uma porção de deuses falsos. Também os cristãos é preciso matar, porque ingerem bebidas alcóolicas e se alimentam de carne de porco, duas práticas condenadas pelo Altíssimo! Jamais se esqueçam, diz o pai hindú aos filhos,  de que nosso dever é matar todos  os muçulmanos, porque eles se alimentam de cadáveres de animais que sacrificam, incluindo aqueles que para nós são sagrados! É em casa e nas escolas que as crianças ocidentais são ensinadas a odiar e a desprezar povos não cristãos, inclusive aquele que lhes forneceu um deus, transformado em objeto de exploração comercial por seus sacerdotes.  
São os pais, em última análise, a fonte principal dos erros que as crianças vão cometer no futuro quando forem adultas, ao contrário do que muitos estão acostumados a pensar. São eles os primeiros a poluirem suas  mentes inocentes com idéias de guerra, que amanhã farão de seus países nações belicosas,  dispostas a escravizar ou destruir outras cujos povos raciocinam de maneira diferente e  desprezam aquilo que para eles foi dito que é sagrado. 

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