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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

QUESTÕES ANATÔMICAS E FILOSÓFICAS DO ESPIRITISMO - PARTE II

PARTE II – QUESTÕES FILOSÓFICAS

1) Diferente dos cristãos católicos e protestantes, que não crêem na reencarnação, mas na ida do espírito deles para o céu ou para o inferno, os cristãos espíritas afirmam que ele não só reencarna para se aperfeiçoar mas também para pagar faltas cometidas em vidas anteriores. Por seu turno, os hindús reencarnacionistas crêem em tudo isso e ainda que, a cada morte e nascimento, galgam um posto acima na escala do complexo sistema de castas em que vivem. Em qualquer dos casos, não deveríamos considerar a vida uma maldição, ao invés do bem mais valioso que possuímos? (Obs.: para muitos reencarnacionistas a vida na Terra é efetivamente um castigo!)
2) Na Índia, de longe o país mais cruel e supersticioso do mundo, vivem no mais abjeto estado de escravidão mais de 300 MILHÕES de infelizes conhecidos como “dalits” ou “intocáveis”, condenados pela maldita lei do carma. Desde crianças aprendem que foram maus em vidas passadas e que por isso não devem se erguer contra as atrocidades perpetradas contra eles por membros de “castas superiores” (surras, estupros, chicoteamentos, queimaduras, apedrejamentos, e humilhações de toda a ordem). Revoltar-se contra tais abusos implica em reencarnar na mesma miserável condição de vida outra vez, passar novamente pelos mesmos tormentos. A morte para os dalits não seria, então, uma bendição? (Obs.: eu particularmente não tenho dúvida que sim!)
3) Estando nós aqui na Terra somente “de passagem”, como afirmam os espíritas em particular (e os religiosos de uma maneira geral), e sendo essa vida uma tribulação necessária ao nosso aperfeiçoamento, não deveríamos receber a morte – mesmo prematura e evitável – com alegria? Não deveríamos festejar com danças e fogos de artifício a partida para outra vida de milhares de crianças que morrem de fome em todos os cantos do mundo diariamente, sobretudo no continente africano? (Obs.: certas religiões orientais celebram a morte de um ente querido soltando foguetes!)
4) Ditadores sanguinários, que promovem guerras de extermínio e genocídios, não deveriam ser venerados como heróis, “agentes reencarnatórios divinos”, uma vez que ajudam muitos indivíduos a partirem para uma vida melhor mais cedo?
5) E as mães, os órfãos e as viúvas desses infelizes que tombam sem vida nos campos de batalha? Não deveriam trocar o lenço com o qual enxugam suas lágrimas por uma taça de champagne?
6) Não deveríamos bendizer as balas assassinas que matam e mutilam milhões de pessoas em conflitos armados todos os dias, bem como a indústria de armamentos que as produzem?
7) E a paz, que além de retardar o processo reencarnatório de muita gente, propicia o nascimento de mais espíritos defeituosos, não deveria ser considerada uma maldição? Do mesmo modo, não deveriam ser considerados inimigos do processo reencarnatório aqueles que salvam vidas, aqueles que detêm a mão do destruidor?
8 ) Auxiliar os famintos e as vítimas da guerra na África, na Ásia, e em outras partes do mundo não seria o mesmo que burlar os desígnios do deus dos reencarnacionistas? Boicotar planos traçados desde toda a eternidade por ele? Tentar mudar sua maneira de conduzir a humanidade? (Obs.: Na Índia é precisamente isso o que pensam os membros das castas superiores daquele que estende a mão para auxiliar um pária dalit. No passado recente, tal infração era punida com a morte certa!)
9) Não deveriam ser consideradas inimigas do deus dos reencarnacionistas a Medicina e a Ciência, que com suas maravilhas e inovações tecnológicas vêm prolongando sobremaneira a vida do ser humano NESSA EXISTÊNCIA, procrastinando sua reencarnação,   e tornando a Natureza menos hostil (Obs.: no passado até máquinas de costura chegaram a ser consideradas engendros do demônio por algumas religiões).
10) Usar tecnologia para conter pestilências, enchentes, tufões, terremotos e outras calamidades que se abatem sobre a humanidade todos os dias, atingindo sobretudo os pobres, não seria contrariar os propósitos do deus dos reencarnacionistas? Mitigar a ação punitiva dos castigos que ele manda? Interferir no processo evolutivo de suas criaturas? Usurpar sua função de Supremo Árbitro do Universo?
11) Recorrendo aos médicos e aos remédios para viver mais, não estaria o reencarnacionista obstaculizando o próprio aperfeiçoamento espiritual? Se o mundo vindouro é melhor, é um estágio mais avançado da sua “jornada cósmica”, por que razão luta ele ferozmente, até o último recurso, para continuar permanecendo nesse planeta desprezível? Por que não deixa as doenças agravarem-se quando está enfermo e ignora os conselhos dos médicos, de modo a partir o quanto antes para a vida melhor? (Obs.: afirma-se que a Madre Maria Teresa de Calcutá era contra os medicamentos, alegando que as doenças eram mandadas por Deus para lapidar a alma)
12) E as preces que os espíritas fazem pedindo ao deus deles para mitigar seus infortúnios, não seriam um insulto a ele? Com elas, não estariam eles tentando chamar a sua atenção e manifestando descontentamento com planos traçados desde toda a eternidade?
13) Considerando que estamos nessa Terra “de passagem” para cumprirmos a lei do carma (quer dizer, redimirmo-nos de faltas cometidas em vidas anteriores e aperfeiçoarmo-nos), não deveríamos ver o nascimento de nossos filhos como uma tragédia, e não como algo maravilhoso? E o namoro, o noivado, o casamento, a família e a maternidade? Não deveriam ser igualmente considerados maldições ao invés de condições de felicidade, uma vez que propiciam o nascimento de novos espíritos estropiados, condenados ao sofrimento? (Obs.: Em algumas regiões remotas da Índia e do continente africano, crianças do sexo feminino ainda são sacrificadas ao nascerem por serem consideradas um castigo para a família!)
14) E o ato sexual, imprescindível à perpetuação da espécie, não deveria ser encarado como um mal e evitado de qualquer maneira, já que é o principal responsável pelo nascimento de espíritos imperfeitos?
15) Não deveríamos odiar nossos pais por nos terem colocado nesse mundo para sofrer? Não deveríamos lutar pela promulgação de uma lei que permitisse os filhos puni-los, processá-los – e até matá-los – caso venham a sofrer por terem nascido? (Obs.: nos países civilizados existem leis severas que punem pais irresponsáveis que sujeitam seus filhos a carências e maltratos!)
16) Se a vida é um castigo (que o digam os dalits!), e não uma bênção, que tal empregarmos métodos melífluos de acabar com ela para reencarnarmos mais cedo? (Obs.: suicídio não vale porque fere a lei do carma, mas podemos expormo-nos a certos perigos letais, contrair males incuráveis e lançar mão de vários outros estratagemas eficazes para abreviar nossa estadia nesse mundo cruel, tais como, por exemplo: fumo, álcool, drogas, esportes radicais, sexo sem proteção etc.)
17) Para quê “cavar masmorras aos vícios”, para quê combater erros durante essa vida QUE TEMOS CERTEZA DE QUE ESTAMOS VIVENDO se podemos deixar para fazer isso em vidas futuras (várias reencarnações), em suaves prestações? Sendo o processo evolutivo inevitável, não seria mais razoável entregarmo-nos NESSA VIDA REAL mais aos prazeres, à ociosidade e, por que não, a certos vícios prazeirosos, embora deletérios?
18) Quando exatamente o espírito inicia o seu ciclo reencarnatório? Já nasce estropiado, cheio de defeitos? Sai do berçário cósmico, das mãos de algum deus, já cometendo faltas (pecados, segundo os cristãos) ou começa a praticá-las quando se apossa pela primeira vez do corpo de um infeliz ?
19) Ao criar espíritos estropiados o deus dos espíritas não estaria dando mostras de que é imperfeito também? Pior do que isso, de que é um monstro injusto, sádico e egoísta? (Obs.: eu já ouvi papagaios religiosos afirmarem, inúmeras vezes, que “somos” criados à imagem e semelhança do deus deles !)
20) Que pensar de um deus que se utiliza do ridículo expediente da reencarnação para aperfeiçoar seus filhos quando poderia dar a eles uma vida mais longa, de modo que em uma única existência pudessem contemplar os resultados do seu progresso, do seu trabalho, e assim serem mais felizes? (Obs.: os espíritas afirmam “cientificamente” que nossa vida é muito curta, e que por isso há a necessidade de se viver de novo!)
21) Se o espírito reencarna várias vezes para se aperfeiçoar, por que não nasce gente já formada em Engenharia, Economia ou Medicina?
22) O que vem fazer no mundo um espírito que se apossa do corpo de uma criança morta e arremessada na vala pela mãe ao nascer? Usou a pobre infeliz para aprender a reencarnar direito, aperfeiçoar-se na arte de selecionar corpos antes de invadi-los?
23) E o espírito que se incuba no corpo de um natimorto? Que aprende ele de útil dentro de um útero escuro e malcheiroso no pouco tempo que viveu? Que bagagem vai levar ele para a vida seguinte?
24) Que tipo de processo de aperfeiçoamento passa um espírito que invade o corpo de uma criança que será estraçalhada por uma jamanta aos 4 anos de idade, ou morta por um selvagem estuprador?
25) O que ocorre com o espírito após o término de sua jornada reencarnatória? Atinge ele o supremo estágio da evolução, que é o da perfeição? Converte-se o último homem no qual se instalou em um semi-deus?
26) Se o espírito é ETERNO, em que lugar vai ele repousar quando não mais tiver necessidade de invadir corpos para aperfeiçoar-se, de viver outras vidas? Vai se encostar ao lado de Deus em algum barranco do Universo? Vai descansar por toda a eternidade em algum paraíso celestial? Vai dar aulas de reforço e aperfeiçoamento a outros espíritos “iniciantes” em alguma universidade cósmica?
27) Se o espírito NÃO É ETERNO, ou seja, o deus dos espíritas dá cabo dele após a conclusão do processo reencarnatório, por que razão o número de seres humanos na Terra cresce ao invés de diminuir, visto que à medida em que fossem se aperfeiçoando, através de sucessivas mortes e nascimentos, deveriam deixar de existir? Por que a humanidade ainda não foi extinta? Estaria o deus dos espíritas criando continuamente novos espíritos, adrede estropiados, para observar o seu progresso e assim preencher o seu tempo ocioso?

Algumas observações antes de terminar
Ainda aos que forem se aventurar a  responder as perguntas acima,  informo que sou colaborador da Fundação Educacional James Randi, sediada nos Estados Unidos, uma organização criada para desmascarar embusteiros e exploradores da credulidade humana.  O milionário James Randi, terror dos médiuns e dos espíritas, e um dos  mais famosos e conceituados magos do mundo, está oferecendo um prêmio no valor de UM MILHÃO DE DOLÁRES a quem for capaz de provar a existência de fenômenos sobrenaturais, de qualquer espécie.  A proposta encontra-se registrada em cartório e o dinheiro está depositado em uma conta no Banco Goldman Sachs, que pode ser consultado em caso de dúvida.
James faz objetos deslocarem-se com a "força do pensamento", mesas e cadeiras erguerem-se sozinhas, automóveis andarem sem piloto, realiza "operações espirituais", faz fantasmas surgirem do nada, e um sem número de outros truques espetaculares. Eis alguns vídeos mostrando ele operando embustes que fizeram muitos bandidos ricos na República da Futebolésia:

Cirurgia espiritual
http://www.youtube.com/watch?v=n5zPG8ho-eg
Entortando uma colher com a força da mente
http://www.youtube.com/watch?v=lT_cz_QNIn4
Movendo objeto com o poder da mente
http://www.youtube.com/watch?v=Ihy_VgvhvCM
James Randi fala desafia os médiuns e oferece um milhão de dólares
http://www.youtube.com/watch?v=UpSDR5OtXnA

By RICARDO VIDAL

QUESTÕES ANATÔMICAS E FILOSÓFICAS DO ESPIRITISMO

PARTE I – QUESTÕES ANATÔMICAS

1) Do ponto de vista anatômico, físiológico, em que parte exatamente do corpo humano ficam alojados o espírito e os seus congêneres (alma, perispírito etc.)? No coração? No cérebro? Nas pernas? No sangue? No corpo inteiro?
2) Seria o espírito DIVISÍVEL ou INDIVISÍVEL? Trata-se ele de um conjunto de elementos separáveis ou de uma entidade una e indestrutível?
3) No caso de o espírito ser DIVISÍVEL e estar presente em cada célula do corpo, como afirmam alguns espíritas, é coerente raciocinarmos que, em caso de perda de algum membro ou órgão (um braço ou um rim, por exemplo), o ser humano perde também parte do seu espírito? (Já vi muitos espíritas admitirem tal possibilidade).
4) Perde parte de seu espírito também o ser humano que resolve doar espontaneamente um rim? E o receptor, recebe parte do espírito do doador e passa a ter elementos de dois espíritos distintos circulando pelo corpo? Contrai ele elementos da personalidade do doador? (Obs.: Imagino o que pode ocorrer se um colono judeu da Cisjordânia receber por transplante um órgão retirado de um militante palestino do Hamas morto em combate !)
5) Quando alguém perde sangue, perde também espírito, considerando a presença deste em todas as células do corpo? Transfusões de sangue implicam em transfusões de espírito, como afirmam alguns líderes religiosos? Perde a mulher parte do espírito quando entra no período menstrual?
6) Está provado que milhões de células do corpo morrem diariamente para dar lugar a outras novas, em um constante processo de renovação. Ocorre o mesmo com o espírito? Renova-se ele constantemente com as células, a todo o momento? Em caso negativo, teria ele então alguma função peristáltica que o faz retirar-se das células prestes a entrarem em deterioração e ocupar novas, conforme vão nascendo?
7) O corpo cresce na passagem da infância para a juventude e encolhe na velhice, período da vida em que o ser humano perde também o vigor e a lucidez. A produção de novas células é insuficiente para repor as que morrem. Ocorre a mesma coisa com o espírito?
8 ) Complementando a questão anterior, há muitos casos em que a velhice faz o ser humano retroceder no tempo, desaprender parte ou tudo o que aprendeu, demenciar, ou voltar a ser criança! Considerando que a dissociação entre o corpo e o espírito só ocorre após a morte do indivíduo, como fica o espírito nesse contexto? Se ele se apossou de um corpo para evoluir, para adquirir experiência, ficar melhor do que era em vidas passadas, que meios ele utiliza para manter a sua integridade no momento (break-even point) em que aquele começa a descer a ladeira da decrepitude? Recuará no processo evolutivo para retomar força e vigor em vidas futuras? Haverá alguma espécie de “retrocesso reencarnatório” temporário?
9) Há inúmeros casos de ex-combatentes que perdem as duas pernas e os dois braços na guerra. Proporcionalmente, esses quatro membros correspondem a mais da metade do corpo humano, em peso e em massa corpórea. Considerando, agora, a DIVISIBILIDADE DO ESPÍRITO, é lícito supor que um mutilado nessa condição perde mais da metade dele?
10) Se uma pessoa perde mais da metade de seus membros e órgãos ao longo da vida, em MUTILAÇÕES NÃO SIMULTÂNEAS, fragmentos de espírito, liberados em cada perda, rumam para alguma sala de espera cósmica especial, onde ficam aguardando o hospedeiro morrer para poderem se recompor com o resto que virá depois?
11) Agora, considerando o espírito como uma entidade INDIVISÍVEL, una e indestrutível, seria razoável supor que a parte que ocupava os membros perdidos do nosso personagem mutilado se recolheu para acomodar-se no restante do corpo que sobrou? Sua casa ficou menor?
12) Gêmeos siameses possuem dois espíritos ou um apenas? Em caso de separação de seus corpos por meio de intervenção cirúrgica, e na probabilidade de haver um só espírito circulando em ambos – e este for INDIVISÍVEL– qual dos dois fica com ele? Como seria a vida daquele que ficou sem espírito? Receberia um novo (0Km) ou viveria “desalmado” até morrer? Por outro lado, se o espírito for DIVISÍVEL, seria ele repartido pela mão divina em duas metades iguais? Seus hospedeiros, já terrivelmente castigados ao nascerem, viveriam o resto de seus dias “amputados espiritualmente”?
13) Admitindo a possibilidade de haver dois espíritos circulando nos corpos dos irmãos siameses, onde começa o domínio de um e acaba o do outro, considerando que os dois possuem vários órgãos internos em comum? (Haja imaginação para responder tais questões!)
14) A maioria dos espíritas crê que o espírito deles é INDIVISÍVEL e aloja-se no cérebro do indivíduo ao nascer. Eu tive a infelicidade de ouvir, certa vez, um espírita, médico, afirmar que a glândula hipófise era a morada da alma! Considerando isso como certo, na hipótese de um dia a Ciência ser bem sucedida no transplante desse órgão –o que é apenas uma questâo de tempo–, receberá o receptor o espírito do doador em sua inteireza? Por exemplo, se um indivíduo com o cérebro corroído por um tumor maligno recebe o cérebro sadio de um doador morto em acidente, recebe de inhapa também o espírito dele? E o espírito original, que morava no órgão doente, morre com ele? Vai procurar outro cérebro onde instalar-se? Partirá para novas reencarnações? Ou tentará expulsar a tapas, socos, tiros, chutes e pontapés o invasor insolente que ameaça apossar-se do corpo que “usou para se aperfeiçoar” desde o dia em que foi gerado?
15) Ainda no que diz respeito ao transplante de cérebro, terá o receptor do órgão os mesmos sentimentos, os mesmos temores, as mesmas alegrias, os mesmos vícios, as mesmas lembranças, o mesmo caráter, o mesmo talento; enfim, a mesma personalidade do seu doador?
16) Por falar em tumores, que vida inteligente está por trás deles, que têm a capacidade de humilhar e derrotar o mais competente dos médicos, de fazer bilhões de dólares virarem pó?
17) Se o sofrimento e a dor fazem parte do processo evolutivo do ser humano, não estariam os médicos espíritas burlando desígnios divinos ao limparem a chaga de um enfermo, ao extraírem o tumor de um doente, ao restituir o dom da visão a um cego, ao devolver a fala a um mudo?
Bem, não vou entrar na questão da clonagem humana – que também um dia será realizada com sucesso (espero estar vivo para ver!) –, pois o assunto é vasto e demasiadamente cansativo para ser tratado aqui. Apenas duas questões gostaria de formular antes de fecharmos essa bateria de perguntas e saltarmos para o campo filosófico do espiritismo, outro pântano cheio de incongruências, de questões irrespondíveis e concepções absurdas:
18) Considerando as inúmeras experiências feitas com gêmeos, desde a infância da Medicina, que revelam a altíssima compatibilidade não só de órgãos, células, mas também de personalidades, se clonarmos não um, mas três seres humanos a partir de uma mesma matriz genética, teremos três pessoas compatíveis, para não dizer idênticas, de corpo e alma?
19) De onde virão os espíritos que se alojarão nos nenês-clones? Aliás, terão espíritos essas criaturas monstruosas fabricadas pelo deus-homem? Se tiverem, serão iguais ou distintos? Será que o deus dos espíritas dará um espírito novinho em folha a cada uma destas crianças artificiais?

By RICARDO VIDAL

Saudações.


Podemos pensar a inveja como o sentimento de alguém com baixa auto-estima que, ao comparar-se com alguém, perde-se em sensações negativas de pequenez, de menos-valia, sentindo-se diminuídas.
Estas pessoas não compreendem que cada um tem seu jeito de ser, seu ritmo de viver, seu próprio brilho. Que não estamos nesta vida para sermos melhores ou piores do que ninguém, mas sim, para realizarmos o potencial que existe em cada um de nós. Sermos sempre melhores comparados a nós mesmos.
Claro que alguém irá dizer... mas como sabermos se somos melhores sem um parâmetro de comparação? Não necessitamos de um padrão de comportamento com todas as características que definiriam o que é ser bem sucedido para aí sim, podermos alcançá-lo?
No caso eu até concordaria, mas teria a certeza de que esta comparação com o outro para ser válida, teria de nos levar a um aprendizado. Comparar-se com o outro de forma sadia, é aprender com o outro e isto se chama Admiração.
Por isto podemos dizer que no fundo de todo sentimento de inveja, existe o sentimento de admiração, pois a inveja nada mais é do que a admiração pelo outro aliada a decepção com nós mesmos. Por conta da baixo auto-estima do invejoso, este busca diminuir o seu objeto de admiração, pois na incapacidade de aprender com ele, ser como ele, ele simplesmente opta por destruí-lo, ficando assim, ambos no mesmo plano pequeno, miúdo, rasteiro.
Feliz daquele que se alegra com a alegria do outro, pois não se sente frustrado como o invejoso, que tenta roubar a alegria alheia.
Não se resolve a tristeza consigo mesmo torcendo pela tristeza do outro. Não se dissipa as próprias limitações com as limitações do outro.
Daí acreditar que devemos ser padrões de nós mesmos para podermos encontrar a alegria de sermos o que somos e saber que poderemos ser muito mais.
É como a fábula do Mestre já em idade avançada que no leito de morte, ouviu de um de seus discípulos:

- Mestre, tens medo da morte? E o Mestre respondeu: Sim, tenho medo do meu encontro com Deus. O discípulo sem entender disse: Mas Mestre, você foi um exemplo de vida. Foste sábio como Moisés, justo como Salomão. O Mestre interrompe o discípulo dizendo: Quando eu estiver frente a frente com Deus, ele não me perguntará se fui como Moisés ou como Salomão, mas sim, se eu fui eu mesmo.

Só para registro e reflexão.
Fecha o pano.

Paz e Luz



By Fernando Martins. . .