Os imperadores e impérios eram antigos, mas o imperialismo era novíssimo. Era um termo novo, criado para descrever um fenômeno novo. Este fato é evidente o bastante para descartar uma das muitas escolas participantes desse tenso e acirrado debate ideológico sobre o imperialismo, a que argumentava que ele não era nada de novo, que talvez fosse mesmo um mero remanescente pré-capitalista. De qualquer maneira, era sentido e discutido como novo.
A palavra imperialismo passou a fazer parte do vocabulário político e jornalístico em 1890, no decorrer das discussões sobre a conquista colonial. Foi então que adquiriu a dimensão econômica que, como conceito, nunca mais perdeu.
O termo tem, várias acepções e o conceito é muito controvertido, e o historiador quando resolve abrir uma discussão sobre o tema, encontra um emaranhado apaixonado, denso e confuso, pois a maioria das discussões despertava sentimento fortes e não exatamente o que acontecia no mundo. E o que aconteceu, fato maior do século XIX, foi a criação de uma economia global única, que atingiu as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentos de bens, dinheiro e pessoas ligando os países desenvolvidos entre si e ao mundo não desenvolvido.
O imperialismo pertencia a um período em que a parte periférica da economia mundial tornou-se crescentemente significativa, é uma forma de política que tem por fim a formação e a manutenção de impérios, sendo um dos fatores decisivos na história antiga e moderna, representando, politicamente, uma tentativa de unir diferentes nacionalidades ou grupos étnicos sob a direção de um governo que, pela extensão do seu território e riqueza dos seus recursos, forma um grande poder. Ideologicamente significa uma tentativa de justificar a expansão imperial. A origem dos impérios deve ser procurada geralmente na conquista; sua manutenção, no exercício de um poder dominador; e sua justificativa, na capacidade real ou alegada do grupo conquistador ou imperial sobre os grupos conquistados ou colônias. Deste modo, a essência do imperialismo é o domínio de uma nação sobre outra ou outras.
Foi provavelmente o período da história mundial moderna em que chegou ao máximo o número de governantes que se autodenominavam "imperadores", ou que eram considerados pelos diplomatas ocidentais como merecedores desse título.
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