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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sanguessugas: evangélicos levaram 58% da propina; 10 dos 23 implicados são da Igreja Universal do Reino de Deus

Se aquele estranho deus deles fosse mesmo o caminho, eles seriam o pedágio, conforme antiga piada. Mais dia, menos dia, os picaretas da fé terão de responder ao menos ao Fisco. Estão entranhados no Estado, dominam redes de TV e rádio e vão se constituindo num núcleo de impressionante poder político. A CPI dos Sanguessugas revela parte de seu método. Por Letícia Sander e Ranier Bragon, na Folha: “Integrantes da bancada evangélica do Congresso receberam 58% do total da propina repassada a parlamentares pela máfia das ambulâncias, aponta o relatório da CPI dos Sanguessugas aprovado anteontem. Dos 66 congressistas ligados a igrejas evangélicas tradicionais ou neopentecostais, 23 – mais de um terço da bancada – estão envolvidos nas irregularidades e tiveram a cassação de seus mandatos sugerida. Juntos, receberam ao menos R$ 5,3 milhões dos cerca de R$ 9 milhões que a família Vedoin afirma ter pago como ‘comissão’” pelo direcionamento de emendas. Dos 23 congressistas, 10 são ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, e nove, à Assembléia de Deus. Nos depoimentos à Justiça Federal e à CPI, Darci e Luiz Vedoin, os donos da Planam, mostram que a bancada dos evangélicos esteve na origem da máfia. Eleito com o apoio da bancada Batista, Lino Rossi (PP-MT) teria sido, segundo eles, o primeiro parlamentar a fazer contato com a Planam. ‘Na origem do caso, há dois deputados da base evangélica. É natural que eles chamassem para o esquema aqueles colegas com quem tinham mais contato’, disse Walter Pinheiro (PT-BA), da Igreja Batista. Além de Rossi, Pinheiro se refere a Carlos Rodrigues (sem partido-RJ), que era da Universal.O petista diz que não há envolvimento da bancada na fraude, mas de pessoas que usaram as igrejas para montar um esquema eleitoral. Foi Lino Rossi quem teria apresentado os Vedoin a boa parte dos que mais tarde viriam a integrar a máfia.Dos evangélicos, Rossi foi quem mais teria lucrado com a fraude – R$ 3,1 milhões. Segundo a família Vedoin, Carlos Rodrigues também teve participação decisiva na arquitetura da máfia coordenando o grupo de evangélicos e supervisionando o direcionamento de emendas. Segundo a CPI, depois de Rossi, o evangélico que levou a maior propina foi Nilton Capixaba (PTB-RO). Segundo-secretário da Câmara e ligado à Assembléia de Deus, ele teria recebido ao menos R$ 646 mil.” 
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