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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Salmo 152

Senhor da Manhã, em Quem tudo é Luz e Sentido,
vigias à minha espera, precedes os meus começos na pressa de estares comigo…

És Amor que não cansa nem se cansa… Tudo recrias!
Porque arrancas da face dos acontecimentos a máscara da fatalidade
que quer obrigar-nos a aceitar o que é mau
como se não tivéssemos a capacidade de o vencer dentro de nós!

Tudo derrotas, Senhor… porque a Palavra definitiva te pertence!
Olha para mim nesta Manhã.

Vês?! Diz-me o que vês…
Diz-me que te encantas comigo, meu Senhor e meu Dono.
Isso, ri-te também! Ri-te com estas coisas que te digo…
Ah, Senhor, sinto-me tão amado nesse Riso!!! Se o mundo soubesse…

Ris-te pelo modo como eu te digo estas coisas, eu sei…
...para ti é tudo tão simples. Até eu sou simples, para ti!Pronto, lá estás tu outra vez… Sabes bem o que isto significa, não sabes?!

Sabes bem o trabalho que tenho para ver, resolver e dizer
todas as coisas de maneira simples como tu.
Acho piada a esse semblante, agora… estás sériozinho,
mas vejo nos teus olhos que por dentro estás a rire te apetece dar uma gargalhada.

Eu não dizia?! Já te conheço, Senhor…
Liberta-me o teu Riso, sabes…
Revela-me que as coisas que te digo não são assim tão importantes quanto isso,
e os meus problemas não são assim tão definitivos
que mereçam a minha tristeza.

O teu Riso cura-me daquele vírus adolescente que algumas pessoas carregam consigo a Vida inteira e as faz dar importância demais a coisas pequenas, degustando tudo na solidão, na melancolia e na ausência…

A experiência profunda do teu Riso quando te conto estas coisas
não deixa que eu faça da “Aventura da Vida” apenas o “drama da existência”…

Amo-te, meu Senhor e meu Dono!
Gosto desse olhar meigo com que ficas quanto te digo isto…
Tenho que aprender a dizer-to ainda mais vezes.
Amo-te… Acolhes-me com todo o respeito!
Ris-te com toda a ternura,
como quem desdramatiza cada acontecimento da minha Vida a partir de dentro.

Não moralizas… Não fazes festinhas com ar combalido e dizes:
“Pronto, não é nada… não é nada…”
Porque sabes que, às vezes, é mesmo! E é muito!!!

Não moralizas… Não,
revelas-te a mim como DEUS FORTE E FIEL,
que está comigo e por mim, sem precisar de estar contra ninguém por causa disso!
Coisas lá que o teu Amor é capaz, e acho que só o teu…
Essa tua Força e Fidelidade me fazem sentir seguro e audaz…

E depois, chega sempre a hora do Riso…
Quando em plena luta da Vida cravas os teus olhos nos meus
e te ris à gargalhada… Esse teu Riso faz-me sentir tranquilo…

Porque me revela a verdadeira pequenez das coisas e me abre à Esperança…
Quando tudo passa, sentamo-nos por aí num rochedo qualquer que dê para o mar,
e enquanto saboreio a sorte de te conhecer e poder contar contigo,
tu dizes-me que ainda não vi nada, que há muito mais!

Lembras-te daquela vez em que o disseste
e eu me virei para ti a perguntar se isso ainda era possível?
Começaste a rir numa gargalhada tão feliz e espantada,
que eu estou mesmo convencido que estavas a falar verdade…

“Mais”…
Tu sabes que o que me fazes experimentar é tão encantador e fascinante…
Não imaginava sequer que se pudesse viver com tanto Sentido e Alegria!

“Mais”…

Meu Senhor e meu Dono, assim “Mais” quanto? Muito “Mais”?!...
Pronto, lá estás tu! Não te disseram que é suposto Deus ser sério?!

AHAHAH!


“Deus”… Como te amo!!!

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